sábado, 26 de março de 2011

Hora do Planeta


Hoje, dia 26 de março, às 20h30 será realizada a Hora do Planeta! Para participar desse protesto contra o aquecimento global, você deve apagar as luzes da sua casa durante uma hora. Essa é a quarta vez que a ONG WWF convida pessoas de todo o mundo a ajudar o planeta. A iniciativa também se estende, além da sociedade civil, aos governos e empresas. A ideia é que todos participem dessa mobilização mundial, juntos, na luta a favor da Terra.
A Hora do Planeta existe há quatro anos e essa é a terceira vez que o Brasil participa oficialmente. O evento teve início, em 2007, em Sydney e contou com a participação de 2 milhões de pessoas. Já em 2008, foram mais de 50 milhões que aderiram ao movimento e ficaram no escuro por uma hora. Em 2009 e 2010, a Hora do Planeta atingiu mais de 1 bilhão de pessoas em milhares de cidades do mundo.
A expectativa é que, neste ano, a Hora do Planeta consiga mais adeptos. Por isso, apague as luzes da sua casa e ajude o planeta!

Fonte: Planeta Sustentável

sexta-feira, 25 de março de 2011

Carta aos pais - Rubem Alves

Rubem Alves escreve sobre a necessidade da escola ensinar também a conviver com as diferenças


Rubem Alves*

Também sou pai e portanto compreendo. Vocês querem o melhor para o filho, para a filha. A melhor escola, os melhores professores, os melhores colegas. Vocês querem que filhos e filhas fiquem bem preparados para a vida. A vida é dura e só sobrevivem os mais aptos. É preciso ter uma boa educação.
Compreendo, portanto, que vocês tenham torcido o nariz ao saber que a escola ia adotar uma política estranha: colocar crianças deficientes nas mesmas classes das crianças normais. Os seus narizes torcidos disseram o seguinte: Não gostamos. Não deveria ser assim! O problema começa com o fato de as crianças deficientes serem fisicamente diferentes das outras, chegando mesmo, por vezes, a ter uma aparência esquisita. E isso cria, de saída, um mal-estar... digamos... estético. Vê-las não é uma experiência agradável. É preciso se acostumar... Para complicar há o fato de as crianças deficientes serem mais lerdas: elas aprendem devagar. As professoras vão ser forçadas a diminuir o ritmo do programa para que elas não fiquem para trás. E isso, evidentemente, trará prejuízos para nossos filhos e filhas, normais, bonitos, inteligentes. É preciso ser realista; a escola é uma maratona para se passar no vestibular. É para isso que elas existem. Quem fica para trás não entra... O certo mesmo seria ter escolas especializadas, separadas, onde os deficientes aprenderiam o que podem aprender, sem atrapalhar os outros.
Se é assim que vocês pensam eu lhes digo: Tratem de mudar sua maneira de pensar rapidamente porque, caso contrário, vocês irão colher frutos muito amargos no futuro. Porque, quer vocês queiram quer não, o tempo se encarregará de fazê-los deficientes.
É possível que na sua casa, num lugar de destaque, em meio às peças de decoração, esteja um exemplar das Escrituras Sagradas. Via de regra a Bíblia está lá por superstição. As pessoas acreditam que Deus vai proteger. Se assim fosse, melhor que seguro de vida seria levar uma Bíblia sempre no bolso. Não sei se vocês a lêem. Deveriam. E sugiro um poema sombrio, triste e verdadeiro do livro de Eclesiastes. O autor, já velho, aconselha os moços a pensar na velhice. Lembra-te do Criador na tua mocidade, antes que cheguem os dias das dores e se aproximem os anos dos quais dirás:
"Não tenho mais alegrias..." Antes que se escureça a luz do sol, da lua e das estrelas e voltem as nuvens depois da chuva... Antes que os guardas da casa comecem a tremer e os homens fortes a ficar curvados... Antes que as mós sejam poucas e pararem de moer... Antes que a escuridão envolva os que olham pelas janelas... Antes que as pessoas se levantem com o canto dos pássaros...
Antes que cessem todas as canções... Então se terá medo das alturas e se terá medo de andar nos caminhos planos... Quando a amendoeira florescer com suas flores brancas, quando um simples gafanhoto ficar pesado e as alcaparras não tiverem mais gosto... Antes que se rompa o fio de prata e se despedace a taça de ouro e se quebre o cântaro junto à fonte e se parta a roldana do poço e o pó volte à terra... Brumas, brumas, tudo são brumas... (Eclesiastes 12: 1-8)
Os semitas eram poetas. Escreviam por meio de metáforas. Metáfora é uma palavra que sugere uma outra. Tudo o que está escrito nesse poema se refere a você, a mim, a todos. Antes que se escureça a luz do sol... Sim, chegará o momento em que os seus olhos não verão como viam na mocidade. Os seus braços ficarão fracos e tremerão no seu corpo curvo. As mós - seus dentes - não mais moerão por serem poucos. E a cama pela manhã, tão gostosa no tempo da mocidade, ficará incômoda. Você se levantará tão cedo quanto os pássaros e terá medo de andar por não ver direito o caminho. É preciso ser prudente porque os velhos caem com facilidade por causa de suas pernas bambas e podem quebrar a cabeça do fêmur. Pode até ser que você venha a precisar de uma bengala. Por acaso os moinhos pararão de moer? Não, os moinhos não param de moer. Mas você parará de ouvir. Você está surdo. Seu mundo ficará cada vez mais silencioso. E conversar ficará penoso. Você verá que todos estão rindo. Alguém disse uma coisa engraçada. Mas você não ouviu. Você rirá, não por ter achado graça, mas para que os outros não percebam que você está surdo. Você imaginou uma velhice gostosa. E até comprou um sítio com piscina e árvores. Ah! Que coisa boa, os netos todos reunidos no "Sítio do Vovô", nos fins de semana! Esqueça. Os interesses dos netos são outros. Eles não gostam de conviver com deficientes.
Eles não aprenderam a conviver com deficientes. Poderiam ter aprendido na escola mas não aprenderam porque houve pais que protestaram contra a presença dos deficientes.
A primeira tarefa da educação é ensinar as crianças a serem elas mesmas. Isso é extremamente difícil. Fernando Pessoa diz: Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim. Freqüentemente as escolas esmagam os desejos das crianças com os desejos dos outros que lhes são impostos. O programa da escola, aquela série de saberes que as professoras tentam ensinar, representa os desejos de um outro, que não a criança. Talvez um burocrata que pouco entende dos desejos das crianças. É preciso que as escolas ensinem as crianças a tomar consciência dos seus sonhos!
A segunda tarefa da educação é ensinar a conviver. A vida é convivência com uma fantástica variedade de seres, seres humanos, velhos, adultos, crianças, das mais variadas raças, das mais variadas culturas, das mais variadas línguas, animais, plantas, estrelas... Conviver é viver bem em meio a essa diversidade. E parte dessa diversidade são as pessoas portadores de alguma deficiência ou diferença. Elas fazem parte do nosso mundo. Elas têm o direito de estar aqui. Elas têm direito à felicidade. Sugiro que vocês leiam um livrinho que escrevi para crianças, faz muito tempo: Como nasceu a alegria. É sobre uma flor num jardim de flores maravilhosas que, ao desabrochar, teve uma de suas pétalas cortada por um espinho. Se o seu filho ou sua filha não aprender a conviver com a diferença, com os portadores de deficiência, e a ser seus companheiros e amigos, garanto-lhes: eles serão pessoas empobrecidas e vazias de sentimentos nobres. Assim, de que vale passar no vestibular? Li, numa cartilha de curso primário, a seguinte estória: Viviam juntos o pai, a mãe, um filho de 5 anos, e o avô, velhinho, vista curta, mãos trêmulas. Às refeições, por causa de suas mãos fracas e trêmulas, ele começou a deixar cair peças de porcelana em que a comida era servida. A mãe ficou muito aborrecida com isso, porque ela gostava muito do seu jogo de porcelana. Assim, discretamente, disse ao marido: Seu pai não está mais em condições de usar pratos de porcelana. Veja quantos ele já quebrou! Isso precisa parar... O marido, triste com a condição do seu pai mas, ao mesmo tempo, sem desejar contrariar a mulher, resolveu tomar uma providência que resolveria a situação. Foi a uma feira de artesanato e comprou uma gamela de madeira e talheres de bambu para substituir a porcelana. Na primeira refeição em que o avô comeu na gamela de madeira com garfo e colher da bambu o netinho estranhou. O pai explicou e o menino se calou. A partir desse dia ele começou a manifestar um interesse por artesanato que não tinha antes. Passava o dia tentando fazer um buraco no meio de uma peça de madeira com um martelo e um formão. O pai, entusiasmado com a revelação da vocação artística do filho, lhe perguntou: O que é que você está fazendo, filhinho? O menino, sem tirar os olhos da madeira, respondeu: Estou fazendo uma gamela para quando você ficar velho...
Pois é isso que pode acontecer: se os seus filhos não aprenderem a conviver numa boa com crianças e adolescentes portadores de deficiências eles não saberão conviver com vocês quando vocês ficarem deficientes. Para poupar trabalho ao seu filho ou filha sugiro que visitem uma feira de artesanato. Lá encontrarão maravilhosas peças de madeira...

* Publicada no Portal Aprendiz, 13/02/2003

quarta-feira, 23 de março de 2011

ESPAÇO APRENDER

Quem somos
O Espaço Aprender é um espaço voltado para o atendimento de alunos, profissionais e instituições: professores, estudantes, gestores, escolas, prefeituras e universidades. Atuamos prestando assessoria, treinamento, consultoria pedagógica, avaliação e tratamento psicopedagógico e aulas de reforço.
O nosso objetivo é colaborar com a Educação Brasileira, apresentando-se como um espaço privilegiado ao estudo, à troca de experiênciais, a novas aprendizagens e à busca contínua da qualidade educacional. Os pontos mais fortes são a organização, a criatividade e, acima de tudo, o compromisso em atingir os objetivos desejados.
Nosso diferencial está no atendimento personalizado: trabalhamos para encontrar soluções específicas para cada um de nossos clientes, buscando atender as suas reais necessidades, prestando um serviço sério, com qualidade e preço acessível.
Além disso, priorizamos muito a valorização do aluno e principalmente, do professor. Por isso, nosso trabalho é realizado com comprometimento, amor e dedicação.
Estamos situados na Prefeito Roberto Martins Magno, 19 – Bairro São Pedro.
Especialidades
Consultas Psicopedagogicas
Este tipo de terapêutica tem como objetivo dar respostas a bloqueios e às dificuldades que muitas crianças e adolescentes encontram no seu percurso escolar.
A intervenção consiste em orientar e conduzir a criança ou adolescente no seu processo de aprendizagem, desencadeando novas necessidades de modo a desenvolver a vontade de aprender. É o fazer face às dificuldades escolares, promovendo novas estratégias de aprendizagem e aumentando também a auto-estima com as novas conquistas.
Algumas áreas de intervenção:
· Otimizar Capacidades de Aprendizagem;
· Atuar nos Problemas de Atenção, Concentração, Memória e Análise;
· Trabalhar as Dificuldades de Leitura, Escrita e Cálculo;
· Criação de Métodos de Estudo;
· Desenvolvimento de Competências Pessoais e Sociais;
Professor de apoio
O trabalho de Professor de Apoio é voltado para o aluno, sem no entanto deixar de seguir as propostas da escola. O objetivo é propiciar ao educando as condições necessárias para despertar habilidades imprescindiveis à continuação de seus estudos, mostrando-lhe a melhor forma de estudar, quanto tempo estudar, quando estudar, onde estudar e como estudar.
Cursos e Paletras
Oferecemos Cursos e palestras, válidos para fins de Evolução dos Professores . Os eventos são especialmente planejados para atender a este público. Atuamos comprometidamente para que os educadores aliem a necessidade de sua pontuação à formação continuada séria e comprometida com a prática pedagógica. Tudo aliando teoria e prática, e com preços muito acessíveis.
Alguns temas:
· Alfabetização literária: encantos e desencantos – conhecendo o prazer da leitura;
· Enfrentando o bicho – papão: a timidez infantil;
· Letramento: do Processo de Exclusão Social aos Vícios da Prática Pedagógica;
· Fenômeno BULLING: como prevenir a violência nas escolas e educar?
· A criança e os hábitos: educando para a construção de seres mais felizes;
· Pedagogia dos projetos na Educação Infantil;
· Agressividade infantil: causas, olhares e experiências, dentre outros.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Considerações sobre o Método Fônico

Do mesmo modo que Alessandra e Fernando Capovilla,a leitura assim como a fala, é específica da espécie humana, mas não decorre diretamente das capacidades inatas que seriam ativadas por simples exposiçao ao texto. [...]
Aprender a ler requer uma escola e uma instrução adquirida e depende essencialmente de uma conquista crucial pelo educando, que é a compreensão, alcançada com a mediação de leitores proficientes, do princípio subjacente ao código alfabético [...]. O texto deve ser introduzido de modo gradual, com complexidade crescente, à medida que a criança for adquirindo uma boa qualidade de fazer decodificação grafofonêmica fluente, ou seja, depois que ela tiverrecebido instruções explícitas e sistemáticas de consciência fonológica e de correspondência entre grafemas e fonemas.
Alessandra G.S. Capovilla e Fernando C. Capovilla. Afabetização: método fônico. São Paulo: Memnom Edições Científicas, 2002.
Nada impede, porém, que o launo seja exposto a textos, poemas, letras de música, pois conforme Maria José Nobreza, "... se o adulto empresta seus olhos enquanto a criança não consegue ler autonomamente, ela lê com os ouvidos...".
A fonètica estuda os sons da fala, preocupando-se com os mecanismos de produção e audição. Procura analisar e descrever a fala das pessoas da maneira como ela ocorre nas mais variadas situações de vida.
Por essa razão a método fônico respeita as experiencias linguísticas já adquiridas pela criança, pois ao produzir o som de cada fonema, a criança está fazendo uma análise dos sons da fala.
Processo metodológico
Os valores sonoros (fonemas)deverão ser apresentados, gradativamente, por meio de uma história.
Num segundo momento, a professora retoma a história e estimula o aluno a acompanhar a leitura, a dramatização, a recontar oralmente, a criar um desneho, a cantar, etc.
Num terceiro momento o aluno é estimulado por meio de jogos e brincadeiras.
Estas atividades ensinam incidentalmente a forma de organização necessária para se escrever, pois deixa o aluno em contato direto com textos escritos, possibilitando percepção da estruturação - parágrafos, pontuação e diálogos, e dos elementos de uma narrativa - introdução, desenvolvimento e defecho.
Nessa metodologia, o aluno é estimulado a querer aprender, a ter curiosidade pelo saber.

terça-feira, 1 de março de 2011

Quando procurar um psicopedagogo?

O psicopedagogo deve ser consultado sempre que o indivíduo apresentar dificuldades de aprendizagem, seja na infância ou na vida adulta.
É o profissional mais competente para atuar em uma situação de dificuldade de aprendizagem a qual caracteriza seu campo de formação, pesquisa e atuação.
A dificuldade de aprendizagem pode ser de origem orgânica, de origem intelectual /cognitiva, de origem emocional (incluindo-se á família), então o trabalho poderá ser em conjunto com outros profissionais.
É comum o professor ser o primeiro a perceber os sintomas dos distúrbios de aprendizagem na criança, a medida que inicia o trabalho de alfabetização. Os pais nem sempre conseguem detectar esses sintomas com facilidade, pois sua tarefa de educação (e os são realmente, os primeiros ensinantes) não restringe tão somente à alfabetização, mas também a muitas outras atividades e tarefas diárias.
Nesse sentido qualquer que seja a dificuldade do indivíduo em aprender o psicopedagogo é o profissional indicado.

A escola me chamou para conversar. E agora? o que faço?
Não precisa se assustar. É um bom sinal quando a escola toma essa atitude. Os educadores estão comprometidos com os alunos e seu bem-estar. Possivelmente o professor detectou e saberá como explicar e dará o encaminhamento para uma psicopedagoga indicada pela escola ou você deverá levar seu filho a uma psicopedagoga de sua conveniência. Mas é preciso levar a criança!

Que tratamento fazer?

O profissional elaborará um diagnóstico através de entrevistas com os pais e sessões com a criança de forma isolada. O tratamento terá sua duração diretamente ligada ao distúrbio de aprendizagem detectado e se necessário também o encaminhamento a outros profissionais da saúde como: psicólogo; fonoaudiólogo; psiquiatra; neurologista entre outros.