segunda-feira, 15 de outubro de 2012

15 de outubro - Dia do professor





Ser professor é acreditar no potencial e nas possibilidades do ser humano. É buscar despertar o desejo pelo conhecimento. É ter como objetivo o desenvolvimento integral dos estudantes, observando e intervindo em diversas situações para que aprendam a conhecer, a fazer, a ser e a conviver. É promover diálogos, é conhecer os desejos e as necessidades dos alunos.

 Comemoramos, em 15 de outubro, o Dia do Professor. Celebrar essa data é muito importante para o desenvolvimento da sociedade, pois, dentre os diversos fatores que contribuem para melhorar a educação, um deles, senão o principal, é a presença de um bom professor em sala de aula.

No Brasil, o Dia do Professor foi instituído por Dom Pedro I, Imperador do Brasil, em 1827. Por meio de um Decreto Imperial, que criou o Ensino Elementar no Brasil – chamado de “Escolas de Primeiras Letras” –, o Imperador regulou que todas as cidades deveriam ter suas escolas de primeiro grau - hoje, o Ensino Fundamental -, regulando também as funções dos professores. No entanto, somente em 1947, em São Paulo, ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor.

A partir de então, outras regulamentações foram desenvolvidas, como, por exemplo, a oficialização da data como feriado escolar, pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto define a razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias."

Formação
De acordo com a LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para atuar na Educação Infantil e no Ensino Fundamental – Anos Iniciais -, é exigido o magistério (nível médio), com prazo de 10 anos a partir da LDB – 1996, exigindo a formação superior para estes profissionais (licenciados em Pedagogia). Já para lecionar no Ensino Fundamental – Anos Finais - e no Ensino Médio é exigida a formação superior em alguma licenciatura em área disciplinar específica (Letras, Matemática, História, etc.).

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Muitos pais não ajudam na leitura infantil

Apesar de terem tido pouco contato com os livros na infância, 96% dos brasileiros consideram importante ou muito importante o incentivo à leitura para crianças pequenas, de até 5 anos - mas apenas 37% costumam ler livros ou histórias para elas. Esse é o resultado de uma pesquisa da Fundação Itaú Social que será anunciada nesta terça-feira em São Paulo.
Para o levantamento, o instituto Datafolha ouviu, no início de agosto, 2.074 pessoas com mais de 16 anos de idade em 133 municípios de todo o País. Os entrevistados também foram questionados acerca de sua experiência pessoal de leitura, quando crianças, além de seu atual hábito de leitura para crianças de seu círculo de convivência.
“O nosso objetivo foi medir a percepção sobre a importância da leitura para crianças pequenas, mas também o envolvimento do adulto nessa tarefa”, afirma o vice-presidente da Fundação Itaú Social, Antonio Matias. Ele conta que a pesquisa é uma das ações da campanha que vê no estímulo à leitura uma oportunidade de mobilizar a sociedade para a garantia dos direitos da criança e do adolescente.
“Lutamos por essa causa porque muitos estudos já mostraram que a leitura na primeira infância pode ajudar muito no desenvolvimento dessas crianças”, completa Matias.
Resultados
Os números da pesquisa mostram que a população também compreende a importância. À pergunta “por quais razões você acha importante incentivar as crianças de até 5 anos a ter gosto pela leitura?”, as respostas foram consistentes: 54% citaram o desenvolvimento intelectual e cultural, isto é, que a leitura deixa mais inteligente e ajuda a desenvolver a capacidade de raciocínio, além de despertar a curiosidade.
Outros 36% acreditam que a leitura na infância ajuda na formação educacional e na criação desse hábito. O desempenho no mercado de trabalho é citado por apenas 10% dos entrevistados.
Apesar dessa consciência, menos da metade (37%) costuma ler livros ou histórias para crianças. Um comportamento que repete a mesma experiência que esses adultos tiveram na infância: 60% dos entrevistados não tiveram experiência de leitura durante sua infância e gostariam que alguém tivesse feito isso.
Na escolha por esse “mentor”, a opção recai sobre a mãe. Se pudessem escolher quem eles gostariam que tivesse lido para eles durante a infância, 44% dizem a mãe, 28% o pai e apenas 2% a professora.
“Isso é bom, mas desde que se transforme essa percepção em mobilização. Quanto mais um adulto se envolve, mais ele se compromete com o processo de educação dos seus filhos e se torna atuante na cobrança de uma escola pública de qualidade, que é a nossa causa maior”, resume Matias.
Alheios
Na pesquisa, os 4% que acham “mais ou menos importante” ou não veem razão para ler para crianças de até 5 anos alegam que, nessa idade, elas não estão maduras o suficiente para a tarefa: são muito novas e estão na idade de brincar. Para alguns, a prática seria “forçar a mente da criança” ou poderia fazer com que os pequenos enjoassem de estudar antes mesmo de entrar na escola.
Uma preocupação equivocada, explica a gerente de projetos do Instituto do Pró-Livro, Zoara Failla. “A leitura também é uma forma de brincar. A criança vai se divertir com as ilustrações e com as pequenas frases que podem ser lidas pelo adulto. É um momento de familiarização, de descoberta. Basta ver como os pequenos pedem a repetição de uma boa história para ver como esse contato é lúdico.” As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Projeto Ciranda de Leitura: Machado de Assis



INTRODUÇÃO
“O que transforma uma pessoa não é aprender a ler e a
escrever, mas, fazer o uso da leitura e da escrita.”
(autor desconhecido)

Sabemos que a criança que possui desde cedo o contato com livros e leituras realizadas e incentivadas por educadores competentes terá um melhor desempenho escolar, pois o hábito de ler se transforma em verdadeiro prazer.
O Subprojeto Ciranda da Leitura acontecerá  em sala de aula e todas as atividades serão  registradas e catalogadas para que os estudantes e os pais acompanhem o desenvolvimento do processo de aprendizagem.

OBJETIVO
·         Saber quem foi o escritor Machado de Assis: em que época viveu, o que escreveu e a importância dele para a literatura brasileira.
·         Conhecer o momento histórico brasileiro em que viveu o escritor.
·         Distinguir apólogo de outros gêneros literários.
·         Contribuir para a formação do leitor literário.
·         Ampliação da capacidade de análise literária.
 
METODOLOGIA
·         Leitura e compreensão do texto Um Apólogo, de Machado de Assis.
·         Pesquisa: Biografia de Machado de Assis.
·         Pesquisa: Momento histórico brasileiro - fim do Império, abolição da escravatura, proclamação da República;  A sociedade do Rio de Janeiro no século XIX.
  • Seminário sobre a vida e as obras do autor.
MATERIAL NECESSÁRIO
·         Cópias do texto Um Apólogo para cada aluno.
·         Livros e sites de História do Brasil sobre fim do Império, a abolição da escravatura, proclamação da República e a sociedade do Rio de Janeiro no século 19.
·         Obras de Machado de Assis.
·         Biografia de Machado de Assis.
·         Dicionário.
·         Imagens do escritor e da época em que viveu.
·         Revistas com reportagens sobre Machado de Assis.
·         Documentários e filmes.
·         Uma caixa de costura com agulha, linha e alfinete, e um pedaço de tecido.

DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA
Pedir aos alunos que citem nomes de escritores que eles conhecem ou que já leram ou que ouviram falar. Ajudá-los nesta lembrança, dizendo títulos de diversas obras. Se não forem citados, não esquecer de acrescentar à lista importantes nomes como: Ruth Rocha, Ana Maria Machado, Ricardo Azevedo, Ângela Lago, Eva Furnari e, principalmente, Monteiro Lobato. Continuar a investigação. Perguntar se eles sabem quem são os dois famosos escritores brasileiros que foram homenageados em 2008. Darei as dicas: um é mineiro e nasceu em 1908. É conhecido internacionalmente pela obra Grande Sertão: Veredas. O outro é carioca e morreu em 1908. É mais conhecido pelo livro Dom Casmurro, em que conta a polêmica história de amor entre Capitu e Bentinho. Mostrar imagens do escritor Guimarães Rosa (1908-1967), nascido em Cordisburgo, a 124 quilômetros de Belo Horizonte, e de Machado de Assis (1839-1908), nascido no Rio de Janeiro. Observar as informações que a garotada já tem para equilibrá-las com os novos conhecimentos. Em seguida, contar que a turma conhecerá o principal escritor brasileiro, Machado de Assis, a vida e as obras dele e a época em que viveu.
2ª ETAPA
O ambiente retratado nas obras de Machado de Assis está muito distante da realidade dos estudantes. Para aproximá-los daquele tempo, transformaremos a sala de aula num espaço oitocentista. Reuniremos as obras de Machado e elementos visuais representativos do século XIX: revistas, documentários, filmes, imagens, objetos, etc. Juntos criaremos um ambiente literário. Também montaremos um painel. Para isso, dividirei a classe em grupos, cada um responsável por pesquisar um tema: o Brasil do século XIX; cenários, pessoas, transporte (carros puxados a burro e bondes com tração animal) do Rio de Janeiro mostrado em gravuras e pinturas; biografia do escritor e a relação das obras.
3ª ETAPA
Com a classe familiarizada com a época, é o momento de iniciar a leitura do texto Um Apólogo. Esclarecerei, antes, que apólogo é uma narrativa curta e, como a fábula, tem uma moral. Elas se distinguem pelas personagens: no apólogo são objetos inanimados (plantas, pedras, rios, relógios, moedas, estátuas etc.) e na fábula, geralmente, são animais. Depois, abrirei a caixa de costura e deixarei à vista o pedaço de tecido, a agulha, o carretel de linha e o alfinete. Iniciarei perguntando para os alunos se eles sabem quem serão as personagens da história.  Em seguida, questionarei a função da agulha, da linha e do alfinete na costura de uma roupa. Perguntarei também se eles conhecem um sinônimo para o verbo costurar e se já ouviram a palavra coser. Escreverei essas duas palavras no quadro-negro, explicando que são sinônimas. Em seguida, iremos comparar o significado e a escrita de coser e cozer. Sintetizar: o verbo coser é escrito com s e significa costurar; o verbo cozer é escrito com z e significa cozinhar. Terminar essa etapa perguntando aos alunos quem eles prefeririam ser: a agulha ou a linha na costura de um vestido de baile. Pedir que justifiquem a escolha com bons argumentos. Dividir duas colunas no quadro-negro: Prefiro ser agulha porque / Prefiro ser linha porque. Irei listando os argumentos na coluna correspondente. Essas atividades irão preparar a classe para a recepção do texto.
4ª ETAPA
Avisarei aos estudantes que o texto a ser lido é muito antigo. Por esse motivo, algumas palavras, expressões e costumes não são conhecidos por eles. Ajudarei a descobrir os significados pelo contexto, sem usar o dicionário. Um Apólogo conta a discussão entre a agulha e um novelo de linha para saber quem é mais importante e faz um trabalho melhor, enquanto a costureira (modista) costura o vestido de baile da dona da casa (ama), uma baronesa. Perguntarei que impressão eles têm de um texto que inicia com “Era uma vez...”. Será que se trata de um conto de fadas? Se não for, que outra idéia o leitor faz de um texto que tem tal começo? Encaminhá-los-ei a pensar que esse início prenuncia uma história em que tudo é possível. Objetos e animais podem falar e apresentar características humanas. No final do estudo, a classe deve responder novamente, comparando com o que tinha pensado antes da leitura.
5ª ETAPA
Iniciará a análise do texto. Auxiliarei a turma a perceber os elementos da narrativa. Quem são os personagens, principais e secundários? Em que lugar a história se desenvolve? Quanto tempo se passa entre o momento em que a agulha começa a implicar com o novelo de linha até a finalização da costura do vestido? Por que a agulha e a linha interromperam a discussão? Quando a discussão recomeça? No texto, quem é, afinal, a mais importante no trabalho de costurar: a agulha ou a linha? Por quê? Explique a relação entre a vitória da linha e a moral. Quem é o narrador da história? Ele diz ao leitor que contou essa história a uma pessoa. Quem é ela? De que época é a história? Pedirei aos alunos que justifiquem as respostas com elementos do texto.
6ª ETAPA
Ajudarei os alunos a refletir sobre o que leram. Nos apólogos, os objetos são personificações de valores e comportamentos humanos. A moral é expressa como conclusão. No texto, o alfinete é o porta-voz da moral da história. Discutirei com a classe essa moral: existem pessoas que facilitam a vida de outras, ajudando, abrindo caminhos, e, na hora da conquista, quem recebe os benefícios é aquela que foi ajudada. Perguntarei o que pensam sobre isso, é que cada um defenda sua opinião garantindo um espaço democrático, em que todos tenham vez para expor seu ponto de vista.
7ª ETAPA
O texto Um apólogo permite uma reflexão sobre os papéis de cada um em uma situação de trabalho. Questionarei a classe. Quando o trabalho é em equipe, um é melhor do que o outro? Qual é o papel de cada um no esporte de grupo, no teatro, na dança?
8ª ETAPA
Trabalharei os conceitos de arrogância e o de humilhação. Pedirei que os alunos observem no texto a arrogância da agulha e depois a humilhação pela qual teve de passar, retornando à caixinha. Solicitarei outros exemplos de arrogância e humilhação.
9ª ETAPA
O texto tem pontuação riquíssima. Examinarei com a classe essa pontuação dedicando atenção às reticências.

AVALIAÇÃO
Como o objetivo é a formação do leitor literário, são a compreensão e a visão crítica do texto que devem ser avaliadas. Para isso, tenho algumas sugestões de atividades:
·         Leitura dramatizada do texto, em que um aluno é o narrador e outros três fazem a fala da agulha, da linha e do alfinete.
·         Transformar o texto em peça de teatro (desde que antes eles tenham contato com textos do gênero).
·         Fazer um debate sobre a moral de Um Apólogo.
Contar a história sem ler, para um público que não seja formado pelos colegas.
·         Escrever um apólogo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Revista Nova Escola setembro/2008.
Conto “Um Apólogo” de Machado de Assis.
Biografia de Machado de Assis.

Projeto Conto e Reconto: Conto de Fadas



 

A maçã envenenada da Branca de Neve é tentadoramente vermelha.  O vestido de Cinderela brilha como as estrelas... Histórias não são feitas apenas de palavras: têm peso, cor, sabor, têm detalhes que não cabem nos limites do texto, mas são tão importantes quanto as narrativas que vêm se repetindo há séculos. 



 Resumo

Coloridos, carregados de sentidos cujas raízes remontam a tempos imemoriais, a linguagem dos contos tradicionais alimentam a imaginação dos leitores e abre espaços simbólicos para compreender a si mesmos e ao mundo. Não é a toa que diversos escritores se encantam com os contos. A aproximação da escola com as manifestações culturais de seu entorno permite construir pontes entre o oral e o escrito; entre a língua em sua variedade oral e as chamadas variedades cultas.

Objetivos:
  • Ampliar o repertório de contos tradicionais.
  • Apreciar o estilo de diferentes escritores, identificando e analisando as escolhas estilísticas que realizam ao recontar um conto tradicional.
  • Refletir a respeito das operações envolvidas no reconto de uma história: omissões,acréscimos,inversões, substituições.
  • Editar e revisar textos.

Desenvolvimento:
Recontar histórias possibilita aprender a respeito do funcionamento da linguagem escrita. Recontar não é mera reprodução, é recriação, pois ainda que o escritor tenha o compromisso de preservar o enredo, imprime à história seu estilo próprio. A proposta a seguir permite que os estudantes ampliem seu repertório de contos, bem como aprendam a ajustar a linguagem às suas intenções comunicativas, isto é, aos efeitos que esperam provocar em seus leitores.
  • Faça um levantamento dos Contos de Fadas que você deseja trabalhar. 
  • Faça o questionamento com a turma: PARA VOCÊS O QUE SÃO OS CONTOS DE FADAS?
  • Apresente e explore o vídeo “Conto”.
  • Promova a leitura dos contos diversificando: ora você lê para a turma, ora um dos estudantes lê para os colegas, ora eles assistem um filme sobre o conto.
  • Apresente o slide “ Estrutura de um conto”
 
Estrutura básica dos contos de fadas

·         Início - nele aparece o herói (ou heroína) e sua dificuldade ou restrição. Problemas vinculados à realidade, como estados de carência, penúria, conflitos, etc., que desequilibram a tranqüilidade inicial;
·         Ruptura - é quando o herói se desliga de sua vida concreta, sai da proteção e mergulha no completo desconhecido;
·         Confronto e superação de obstáculos e perigos - busca de soluções no plano da fantasia com a introdução de elementos imaginários;
·         Restauração - início do processo de descobrir o novo, possibilidades, potencialidades e polaridades opostas;
·         Desfecho - volta à realidade. União dos opostos, germinação, florescimento, colheita e transcendência. Lendas (do latim legenda/legen - ler) Nas primeiras idades do mundo, os seres humanos não escreviam, mas conservavam suas lembranças na tradição oral. Onde a memória falhava, entrava a imaginação para suprir-lhe a falta.


  • Dedique algumas aulas para que os estudantes possam comparar diferentes versões de um mesmo conto, e, assim, possam identificar as marcas do estilo de cada autor.
  • Confeccione um painel dos Contos de Fadas;
  • Organize a turma em duplas e peça para eles produzirem uma nova versão do conto trabalhado. A partir dos exemplos comentados, proponha que, antes de começar a escrever, pensem como querem recontá-lo: substituindo palavras difíceis por outras mais simples para facilitar a compreensão, resumindo alguns trechos para evitar digressões, transformando passagens de seqüência narrativa em diálogo para dar maior leveza etc.
  • Após a produção, reserve algumas aulas para reformular o texto. Afinal, um texto bem escrito é normalmente fruto de sucessivas versões. Para facilitar essa fase do trabalho, você pode promover o intercâmbio entre as duplas: Peça para as duplas escolherem um conto; uma dupla compara as duas versões do conto escolhido pela outra, elaborando uma pauta com sugestões para a revisão. Insista que a proposta não é deixar o texto ficar igual ao modelo, mas potencializar as intenções de cada dupla.
  • Concluídas as atividades de edição e de revisão, elabore o sumário e, lembre-os de incluir a referência bibliográfica dos contos que foram recontados. O formato que a publicação vai assumir dependerá da sua escolha: pode ser uma versão digital para leitura na página do Blog, uma caderno brochura com os textos digitados e formatados com cuidado ou, uma edição manuscrita com caligrafia caprichada.
Não se esqueça: Não entregue nenhuma produção para o aluno levar para casa, reúna o material para ser exposto no final do ano no Magalhães em Cena.

Sugestão de Contos para serem trabalhados
1        - Cinderela:
·         Reconto da história em sala;
·         Filmes: Cinderela 3 e Deu a louca na Cinderela
2        – Branca de Neve:
·         Reconto da história em sala;
·         Filme: Deu a louca na Branca de Neve
3        – Princesas
·         Filme: Princesas
4        – Chapeuzinho Vermelho
·         Dramatização da história em sala
·         Filme: Deu a louca na Chapeuzinho Vermelho.

Fonte:
Revista Alfabetização – edição especial – 2010.
Revista Projetos Escolares – 2010.
      Projeto Contos Populares do Colégio Nossa Senhora de Lourdes


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

TRABALHANDO COM O LIVRO FÁBULAS DE MONTEIRO LOBATO

O LIVRO FÁBULAS narram histórias em que os animais falam, têm características humanas e costumam enfrentar situações de confronto, perigo e desafio. A sugestão é conhecer melhor esses contos que Monteiro Lobato nos proporciona através da leitura do livro e do reconto de cada aluno em sala. 
Depois da leitura e do reconto, fica também a dica do trabalho com reescrita das fábulas e da gravação de um CD com as crianças contando as fábulas. Como  culminância, organizar um chá para lançamento do CD será ótimo.
Disponibilizo para vocês algumas das fábulas retratadas no livro e uma peça para apresentação dos alunos.


Espero que gostem!





Bom trabalho!! 



FÁBULAS:
  • ·        AS CIGARRAS E AS FORMIGAS
  • ·        A CORUJA E A ÁGUIA
  • ·        A RÃ E O BOI
  • ·        O REFORMADOR DO MUNDO
  • ·        A GRALHA ENFEITADA COM PENAS DE PAVÃO
  • ·        O RATO DA CIDADE E O RATO DO CAMPO
  • ·        O VELHO, O MENINO E A MULINHA
  • ·        O PASTOR E O LEÃO
  • ·        BURRICE
  • ·        O JULGAMENTO DA OVELHA
  • ·        O BURRO JUÍZ
  • ·        OS CARNEIROS JURADOS
  • ·        O TOURO E AS RÃS_
  • ·        A ASSEMBLÉIA DOS RATOS
  • ·        O GALO QUE LOGROU A RAPOSA
  • ·        OS DOIS VIAJANTES NA MACACOLÂNDIA
  • ·        A MENINA DO LEITE
  • ·        A RÃ SABIÁ_
  • ·        O VEADO E A MOITA
  • ·        O SABIÁ E O URUBÚ
  • ·        A MORTE E O LENHADOR
  • ·        AS AVES DE RAPINA E OS POMBOS
  • ·        O BURRO NA PELE DE LEÃO
  • ·        A RAPOSA SEM RABO
  • ·        O PERU MEDROSO
  • ·        O   LEÃO, O LOBO E A RAPOSA
  • ·        O SABIÁ NA GAIOLA
  • ·        QUALIDADE E QUANTIDADE
  • ·        O CÃO E O LOBO
  • ·        O CORVO E O PAVÃO
  • ·        OS ANIMAIS E A PESTE
  • ·        O CARREIRO E O PAPAGAIO
  • ·        O MACACO E O GATO
  • ·        A MOSCA E A FORMIGUINHA
  • ·        OS DOIS BURRINHOS
  • ·        O CAVALO E AS MUTUCAS_
  • ·        O RATINHO, O GATO E O GALO
  • ·        OS DOIS POMBINHOS
  • ·        AS DUAS CACHORRAS
  • ·        A CABRA, O CABRITO E O LOBO
  • ·        OS DOIS LADRÕES
  • ·        A MUTUCA E O LEÃO
  • ·        A FOME NÃO TEM OUVIDOS
  • ·        O OLHO DO DONO
  • ·        UNHA-DE-FOME
  • ·        O LOBO VELHO_
  • ·        O RATO E A RÃ_
  • ·        O LOBO E O CORDEIRO
  • ·        O CAVALO E O BURRO
  • ·        O INTRUJÃO
  • ·        O HOMEM E A COBRA
  • ·        O GATO E A RAPOSA_
  • ·        A MALÍCIA DA RAOSA
  • ·        AS RAZÕES DO PORCO
  • ·        SEGREDO DE MULHER
  • ·        O AUTOMÓVEL E A MOSCA
  • ·        A ONÇA DOENTE
  • ·        O JABUTI E A PEÚVA
  • ·        A RAPOSA E AS UVAS
  • ·        O GATO VAIDOSO
  • ·        PAU DE DOIS BICOS 
  • ·        A GALINHA DOS OVOS DE OURO
  • ·        A GARÇA VELA
  • ·        O LEÃO E O RATINHO
  • ·        O ORGULHOSO
  • ·        O EGOÍSTA DA ONÇA
  • ·        O IMITADOR DOS ANIMAIS
  • ·        O BURRO SÁBIO
  • ·        MAL  MAIOR
  • ·        TOLICE DE ASNO
  • ·        AS DUAS PANELAS
  • ·        A PELE DO URSO
  • ·        LIGA DAS NAÇÕES


PROJETO REESCREVENDO FÁBULAS


Resumo
            Necessitamos, como educadores, "bolir" com o nosso imaginário e com o dos alunos, como alternativa única de trabalhar num mundo em constante transformação e nos desacomodarmos, ousarmos a fazer diferente. Acreditando que a leitura pode ser uma atividade deflagradora da produção textual e do aumento da bagagem cultural, buscamos alternativas de trabalho para essas aulas, conjugadas com as modernas tecnologias, transformando o ato passivo frente ao texto literário em atividade participativa da criação.
            Em meio a tantas modernidades, a arte de aprender e de ensinar não é limitada por aquilo ou por aquele que transmite o conhecimento, mas pelo comprometimento, pela capacidade de quem ensina e de quem procura e quer aprender. Quando falamos em aprender, quem de nós não foi influenciado e aprendeu com histórias que nossos pais, avós e professores contavam, perguntando ao final: Qual a moral da história?
PALAVRAS-CHAVE: literatura – leitura – valores -  prazer.

Justificativa
A leitura é uma habilidade humana que, segundo Paulo Freire (1997), precede à escrita - só pode ser escrito o mundo que foi anteriormente lido - e está intimamente relacionada com o sucesso acadêmico do ser que aprende. Para KLEIMAN (2001), a palavra é patrimônio da cultura letrada; assim, é preciso garantir ao cidadão a participação nessa sociedade letrada.
Ler, assim sendo, não é uma atitude passiva, não se reduz a uma simples decodificação de sinais gráficos, mas pressupõe uma atividade de reconstrução de sentidos. Ela não é um ato solitário porque envolve o diálogo com o interlocutor, que pode ser com diversos escritores. Leitura e escrita são processos que se completam e complementam.
Considerando esses processos, na contemporaneidade, o nosso desafio é tornar a leitura tão atrativa quanto os meios de comunicação e meios de entretenimento. Através de atividades com fábulas, podemos desenvolver o hábito, o gosto e o prazer pela leitura e pela escrita, pois trata-se de um texto muito simples e geralmente atraente para o jovem.E nestes tempos em que vivemos uma crise ou incertezas sobre ética e valores, a fábula se presta muito bem para os debates sobre nossa vida real.
Objetivos
Ao longo do desenvolvimento do projeto, objetivos são modificados e/ou acrescentados, de acordo com a diversidade do trabalho, suas necessidades e parcerias. Em geral, pode-se destacar os seguintes objetivos:
  • Suscitar nos estudantes o gosto e o desejo pela leitura;
  • Tomar conhecimento de dados sobre a vida e obras do autor Monteiro Lobato;
  • Incentivá –los a trabalhar com as diferenças e as riquezas que existem em cada pessoa;
  • Reproduzir o texto oralmente, individualmente ou coletivamente, mantendo a seqüência dos fatos;
  • Compreender a moral explicita no texto;
  • Descrever o ambiente e os personagens da fábula;
  • Narrar fatos do cotidiano que tenham relação com a moral da história;
  • Reescrever texto mantendo a seqüência dos fatos;
  • Perceber as mensagens nas entrelinhas, estabelecer relações, criticar e descobrir quem são os verdadeiros lobos, raposas, águias e formigas da nossa sociedade;
  • Analisar se as ações e atitudes dessas personagens são éticas e justas;

Metodologia

1 - Início do Projeto:
·         Divulgação na sala pela professora;
·         Relatos dos alunos que participaram do projeto no ano anterior, suas experiências e  sugestões para este ano;
·         Exposição dos trabalhos feitos no ano anterior.
2 – Conhecendo o autor:
·         Leituras e pesquisas sobre a vida e obra de Monteiro Lobato;
·         Seminário sobre a vida e as obras do autor.
3 – Trabalhando com as fábulas:
  • Levar para a sala de aula livros, textos e vídeos de fábulas;
·         Explorar as características das fábulas;
·         Provocar discussão sobre o comportamento de cada animal em seu ambiente;
·         Pedir para marcarem nos textos palavras ou trechos que indicam ações humanas atribuídas aos animais;
·         Comparar o habitat natural dos animais com o da história;
·         Levantar questões sobre a moral da fábula lida;
4 – Produção:
·         Reescrita das fábulas;
·         Ilustração das fábulas;
·         Realização de atividades específicas de ortografia, gramática e interpretação textual;
·         Montagem do mural “Reescrevendo Fábulas”;
·         Momento de “Hora do Conto”, onde cada aluno levará uma fábula para leitura.
5 – Ensaios para a gravação do CD:
  • Treinar a leitura das fábulas em sala e em casa.
6 - Cronograma de gravação.
7 – Lançamento do CD.

Avaliação

·         Elaboração do relatório final (após as apresentações dos trabalhos).

Culminância

             Gravação de um CD, fábulas contadas pelos alunos e confecção de uma almofada de fábulas.
 
Referências Bibliográficas
Esopo – Fábulas Completas, tradução de Neide Smolka – Ed. Moderna.
Fábulas, Monteiro Lobato – Ed. Brasiliense.







PEÇA TEATRAL - FÁBULAS

 (Professora) _ Neste momento a turmaXXXXXXX traz a fantástica apresentação deste mundo de fábulas.

ENTRA DONA BENTA E ASSENTA EM UMA CADEIRA PREGUIÇOSA. OLHANDO PARA A PLATEIA.

D. BENTA: _Neste mundo, muita coisa eu já vi! Saci, Curupira, Cuca, Boneca de pano falante...

ENTRA EMÍLIA.
Emília_Falando da minha pessoa dona Benta?!

D. BENTA,: _Emília! Que bom que chegou. Estou aqui fazendo uma pequena avaliação das fábulas que conheço e como elas são importantes.

ENTRA PEDRINHO E NARIZINHO DISCUTINDO O QUE É FÁBULA.
DONA BENTA E EMÍLIA OLHAM PARA ELES E RIEM.

Pedrinho: _Narizinho não seja tão teimosa, as fábulas nos ensina de forma suave aquilo que não conseguimos perceber entre uma atitude e outra.

Narizinho: _Eu sei disso Pedrinho, não estou teimando com relação a isto. Olha a vovó com a Emília, aposto que estão falando de mil e uma coisa interessante.
ENTRA VISCONDE.
Visconde: _Olá garotos! A vovó Benta pode nos contar muitas coisas das fábulas, ou melhor, quem sabe até algumas fábulas.

 Emília,: _Sentem todos, estou justamente interessada em escutar a dona Benta contar suas  histórias. Sem falar que nesse mundo mágico em que vivemos, criaturas interessantes nos ensinam a prática do bem conviver o tempo todo.

 D. BENTA: _Pois sim crianças, vamos fazer uma linda viagem pelo mundo encantado das fábulas. Vou mostrar para vocês que lá os animais têm um jeito todo especial de fazer as coisas acontecerem.

EMILIA, PEDRINHO,VISCONDE, NARIZINHO:_ Obáaaaaaaaaa

 O LEÃO, O LOBO, A RAPOSA , O MACACO, A COELHA E A ONÇA.
    Certa vez um leão muito velho e já caduco, andava no morre e não morre. Mas apegado à vida e sempre esperançado, deu uma ordem aos animais para que o visitassem e lhe ensinassem remédios para curar seu mau. Assim sendo, as coisas começaram a acontecer. A bicharada inteira começou a fazer desfile para visitar o rei lhe dar receitas ou conselhos.

APROXIMA-SE DO LEÃO.
Coelha;  _Olá vossa majestade, vim lhe trazer esses ramos para fazer um chá. Essa é a planta da longevidade, vai deixar o seu DNA novinho, novinho. Espero que o senhor se sinta melhor depois de beber um grande copo. Até mais ver. Tchau.

NO MOMENTO EM QUE A COELHA ESTÁ SAINDO ELA ENCONTRA COM A ONÇA.

Onça)._ Olá amiga coelha espere-me, vou te dar uma carona, assim a senhora chegará mais rápido a sua casa, deixa só eu entregar à majestade o seu precioso remédio.

ENQUANTO A ONÇA ENTREGA O REMÉDIO PARA O LEÃO, A COELHA DIZ:

Coelha._ Ela pensa que eu sou besta. Vou mostrá-la quem é mais inteligente aqui!

SAI A COELHA MONTADA NA ONÇA. ENTRA O MACACO.

Macaco: _Majestade, majestade, vim lhe dar alguns conselhos, mas levei um susto tão grande ao ver a coelha e a onça saírem juntas que esqueci o que ia dizer-lhe. Elas são amigas agora? O senhor ordenou amizade entre elas?

 Leão._ Calma macaco! O interessante daquela história é que a onça sempre se dá mal. rsrsrsrrs . Antes de ir embora macaco me responda, onde anda a raposa e o lobo que até agora não vieram me visitar?

Macaco: _Tô vazando majestade, ali esta vindo o lobo, pergunte a ele, saberá lhe responder melhor. Tchau, se cuida reizão.

 ENTRA O LOBO.

Leão: _Tchau macaco. Olá seu lobo, onde anda a raposa, porque ainda não veio me visitar?

 Lobo:  _Ah, a raposa majestade! Eu sei. Ela é uma esperta, acha que vossa majestade, morre logo e é bobagem andar e perder tempo com cacos de vida.

O LEÃO ENFURECE, ANDA DE UM LADO PARA OUTRO, OLHANDO PARA A PLATÉIA.

Leão
      _Então é assim que ela me trata. Eu que sou o rei da floresta e que em tudo mando. Vá buscá-la e traga-a  nem que seja debaixo de vara. Diga a ela para não se esquecer que eu sou o rei da floresta.

SENTA NOVAMENTE EM SEU TRONO NERVOSO ENQUANTO O LOBO SAI E VOLTA ACOMPANHADO DA RAPOSA.

Raposa: _Perdão majestade, não vim antes porque até agora andava em peregrinação pelos oráculos, consultando-os a respeito da doença que abate o ânimo do meu querido rei.  E olhe, não perdi a viagem, visto que lhe traga a única receita que será capaz de cura´-lo, produzir melhoras ao seu estado real de saúde.

Leão:  _Então diga logo o que é.

COM AR DE IRONIA OLHANDO PARA O LOBO.

 Raposa:   _É combater a frialdade que entorpece os vossos membros com uma pele de lobo.

Leão: _ Pele de lobo?

Raposa: _Pele ainda quentinha de um lobo escorchado na horinha. E como está aqui o mestre lobo, súdito fiel de vossa majestade, vai ele sentir um imenso prazer em lhe emprestar a pele ao seu real senhor.

 O LEAO PEGA O LOBO QUE OLHA COM AR DE DESPRESO PARA A RAPOSA E SAI. VOLTANDO PARA O PALCO COM UMA PELE DE LOBO SOBRE O CORPO.

Raposa: _Toma lobo, para intrigante, intrigante e meio. Vamos embora majestade, dar um passeio por aí, aposto que já se sente melhor.

Emília : _Bem feito, essa raposa merece um doce. Com certeza o lobo devia ser o mesmo que comeu a vovozinha e a menina de capinha vermelha.

Visconde: _Claro que não, aquele morreu com golpes de machado na cabeça sua boba.

OLHANDO PARA A PLATÉIA.
Visconde: _Nas historinhas, as matanças nunca matam por completo. O morto nunca que fica bem matado. Já viu quantas vezes o Peter Pan deu cabo no Capitão Gancho? Ele continua cada vez mais gordo e ganchudo.

 D. BENTA: _ Por hoje chega, a raposa astuta encerrou nosso momento de fábulas. Espero que tenham aprendido e gostado.
                                                        
                                                  

                                                        FIM.