INTRODUÇÃO
“O que
transforma uma pessoa não é aprender a ler e a
escrever,
mas, fazer o uso da leitura e da escrita.”
(autor
desconhecido)
Sabemos que a criança que possui desde cedo o contato com livros e
leituras realizadas e incentivadas por educadores competentes terá um melhor
desempenho escolar, pois o hábito de ler se transforma em verdadeiro prazer.
O Subprojeto Ciranda da Leitura acontecerá em sala de aula e todas as atividades serão registradas e catalogadas para que os estudantes
e os pais acompanhem o desenvolvimento do processo de aprendizagem.
OBJETIVO
·
Saber quem foi o
escritor Machado de Assis: em que época viveu, o que escreveu e a importância
dele para a literatura brasileira.
·
Conhecer o
momento histórico brasileiro em que viveu o escritor.
·
Distinguir
apólogo de outros gêneros literários.
·
Contribuir para a formação do
leitor literário.
·
Ampliação da
capacidade de análise literária.
METODOLOGIA
·
Leitura e
compreensão do texto Um Apólogo, de Machado de Assis.
·
Pesquisa: Biografia
de Machado de Assis.
·
Pesquisa:
Momento histórico brasileiro - fim do Império, abolição da escravatura,
proclamação da República; A sociedade do
Rio de Janeiro no século XIX.
- Seminário sobre a vida e as obras do autor.
MATERIAL NECESSÁRIO
·
Cópias do texto Um
Apólogo para cada aluno.
·
Livros e sites
de História do Brasil sobre fim do Império, a abolição da escravatura,
proclamação da República e a sociedade do Rio de Janeiro no século 19.
·
Obras de Machado
de Assis.
·
Biografia de
Machado de Assis.
·
Dicionário.
·
Imagens do
escritor e da época em que viveu.
·
Revistas com
reportagens sobre Machado de Assis.
·
Documentários e
filmes.
·
Uma caixa de
costura com agulha, linha e alfinete, e um pedaço de tecido.
DESENVOLVIMENTO
1ª ETAPA
Pedir aos alunos que citem
nomes de escritores que eles conhecem ou que já leram ou que ouviram falar.
Ajudá-los nesta lembrança, dizendo títulos de diversas obras. Se não forem
citados, não esquecer de acrescentar à lista importantes nomes como: Ruth
Rocha, Ana Maria Machado, Ricardo Azevedo, Ângela Lago, Eva Furnari e,
principalmente, Monteiro Lobato. Continuar a investigação. Perguntar se eles
sabem quem são os dois famosos escritores brasileiros que foram homenageados em
2008. Darei as dicas: um é mineiro e nasceu em 1908. É conhecido
internacionalmente pela obra Grande Sertão: Veredas. O outro é carioca e morreu
em 1908. É mais conhecido pelo livro Dom Casmurro, em que conta a polêmica
história de amor entre Capitu e Bentinho. Mostrar imagens do escritor Guimarães
Rosa (1908-1967), nascido em Cordisburgo, a 124 quilômetros de
Belo Horizonte, e de Machado de Assis (1839-1908), nascido no Rio de Janeiro.
Observar as informações que a garotada já tem para equilibrá-las com os novos
conhecimentos. Em seguida, contar que a turma conhecerá o principal escritor
brasileiro, Machado de Assis, a vida e as obras dele e a época em que viveu.
2ª ETAPA
O ambiente retratado nas
obras de Machado de Assis está muito distante da realidade dos estudantes. Para
aproximá-los daquele tempo, transformaremos a sala de aula num espaço
oitocentista. Reuniremos as obras de Machado e elementos visuais
representativos do século XIX: revistas, documentários, filmes, imagens,
objetos, etc. Juntos criaremos um ambiente literário. Também montaremos um
painel. Para isso, dividirei a classe em grupos, cada um responsável por
pesquisar um tema: o Brasil do século XIX; cenários, pessoas, transporte
(carros puxados a burro e bondes com tração animal) do Rio de Janeiro mostrado
em gravuras e pinturas; biografia do escritor e a relação das obras.
3ª ETAPA
3ª ETAPA
Com a classe familiarizada
com a época, é o momento de iniciar a leitura do texto Um Apólogo. Esclarecerei,
antes, que apólogo é uma narrativa curta e, como a fábula, tem uma moral. Elas
se distinguem pelas personagens: no apólogo são objetos inanimados (plantas,
pedras, rios, relógios, moedas, estátuas etc.) e na fábula, geralmente, são
animais. Depois, abrirei a caixa de costura e deixarei à vista o pedaço de tecido,
a agulha, o carretel de linha e o alfinete. Iniciarei perguntando para os
alunos se eles sabem quem serão as personagens da história. Em seguida, questionarei a função da agulha,
da linha e do alfinete na costura de uma roupa. Perguntarei também se eles
conhecem um sinônimo para o verbo costurar e se já ouviram a palavra coser.
Escreverei essas duas palavras no quadro-negro, explicando que são sinônimas.
Em seguida, iremos comparar o significado e a escrita de coser e cozer.
Sintetizar: o verbo coser é escrito com s e significa costurar; o verbo cozer é
escrito com z e significa cozinhar. Terminar essa etapa perguntando aos alunos
quem eles prefeririam ser: a agulha ou a linha na costura de um vestido de
baile. Pedir que justifiquem a escolha com bons argumentos. Dividir duas
colunas no quadro-negro: Prefiro ser agulha porque / Prefiro ser linha porque.
Irei listando os argumentos na coluna correspondente. Essas atividades irão
preparar a classe para a recepção do texto.
4ª ETAPA
Avisarei aos estudantes que o
texto a ser lido é muito antigo. Por esse motivo, algumas palavras, expressões
e costumes não são conhecidos por eles. Ajudarei a descobrir os significados
pelo contexto, sem usar o dicionário. Um Apólogo conta a discussão entre a
agulha e um novelo de linha para saber quem é mais importante e faz um trabalho
melhor, enquanto a costureira (modista) costura o vestido de baile da dona da
casa (ama), uma baronesa. Perguntarei que impressão eles têm de um texto que
inicia com “Era uma vez...”. Será que se trata de um conto de fadas? Se não
for, que outra idéia o leitor faz de um texto que tem tal começo?
Encaminhá-los-ei a pensar que esse início prenuncia uma história em que tudo é
possível. Objetos e animais podem falar e apresentar características humanas.
No final do estudo, a classe deve responder novamente, comparando com o que
tinha pensado antes da leitura.
5ª ETAPA
Iniciará a análise do texto.
Auxiliarei a turma a perceber os elementos da narrativa. Quem são os
personagens, principais e secundários? Em que lugar a história se desenvolve?
Quanto tempo se passa entre o momento em que a agulha começa a implicar com o
novelo de linha até a finalização da costura do vestido? Por que a agulha e a
linha interromperam a discussão? Quando a discussão recomeça? No texto, quem é,
afinal, a mais importante no trabalho de costurar: a agulha ou a linha? Por
quê? Explique a relação entre a vitória da linha e a moral. Quem é o narrador
da história? Ele diz ao leitor que contou essa história a uma pessoa. Quem é ela?
De que época é a história? Pedirei aos alunos que justifiquem as respostas com
elementos do texto.
6ª ETAPA
Ajudarei os alunos a refletir
sobre o que leram. Nos apólogos, os objetos são personificações de valores e
comportamentos humanos. A moral é expressa como conclusão. No texto, o alfinete
é o porta-voz da moral da história. Discutirei com a classe essa moral: existem
pessoas que facilitam a vida de outras, ajudando, abrindo caminhos, e, na hora
da conquista, quem recebe os benefícios é aquela que foi ajudada. Perguntarei o
que pensam sobre isso, é que cada um defenda sua opinião garantindo um espaço
democrático, em que todos tenham vez para expor seu ponto de vista.
7ª ETAPA
7ª ETAPA
O texto Um apólogo permite uma
reflexão sobre os papéis de cada um em uma situação de trabalho. Questionarei a
classe. Quando o trabalho é em equipe, um é melhor do que o outro? Qual é o
papel de cada um no esporte de grupo, no teatro, na dança?
8ª ETAPA
8ª ETAPA
Trabalharei os conceitos de
arrogância e o de humilhação. Pedirei que os alunos observem no texto a
arrogância da agulha e depois a humilhação pela qual teve de passar, retornando
à caixinha. Solicitarei outros exemplos de arrogância e humilhação.
9ª ETAPA
9ª ETAPA
O texto tem pontuação
riquíssima. Examinarei com a classe essa pontuação dedicando atenção às
reticências.
AVALIAÇÃO
Como o objetivo é a formação
do leitor literário, são a compreensão e a visão crítica do texto que devem ser
avaliadas. Para isso, tenho algumas sugestões de atividades:
·
Leitura
dramatizada do texto, em que um aluno é o narrador e outros três fazem a fala
da agulha, da linha e do alfinete.
·
Transformar o
texto em peça de teatro (desde que antes eles tenham contato com textos do
gênero).
·
Fazer um debate sobre
a moral de Um Apólogo.
Contar a história sem ler, para um público que não seja formado pelos colegas.
Contar a história sem ler, para um público que não seja formado pelos colegas.
·
Escrever um
apólogo.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Revista Nova Escola setembro/2008.
Conto “Um Apólogo” de Machado de Assis.
Biografia de Machado de Assis.
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